Em abril, promovemos a conscientização sobre Autismo.
É importante que não apenas adultos, mas também crianças, entendam o que é o autismo justamente para promover ambientes mais harmoniosos e inclusivos.
O AUTISMO (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que impacta na reciprocidade socioemocional, na comunicação e que pode ser, em maior ou menor grau, caracterizado pela presença de comportamentos repetitivos ou restritos.
Estes comportamentos podem incluir, por exemplo, repetição de palavras ou frases, sensibilidade a texturas, interesses por assuntos específicos e uma necessidade de manter rotinas.
Autistas, portanto, interagem com o mundo de um jeito diferente. E quando entendemos isso, fica mais fácil lidar com esta forma de interação, respeitando a diferença.
E como identificar o Autismo? Existem diferentes graus de autismo, mas, de forma geral, alguns sinais que podem ser identificados já nos bebês ou crianças são: - Atraso no sorriso - Atrasos na linguagem - Pouco interesse em fixar rostos (falta reciprocidade no olhar) - Há casos de bebês que não sentem ansiedade ao separados da mãe - Déficit na interação com as pessoas -
Dificuldade em mudar a rotina (adota rotinas muito rígidas) - Interesse exagerado em temas muito específicos O diagnóstico precoce do Autismo é muito importante, pois quanto menor a criança, maior velocidade de formação das redes neurais no cérebro.
Com o tratamento multidisciplinar, é possível estimular estas conexões.
E como agir para contribuir para que as crianças autistas convivam melhor e desenvolvam todo seu potencial, já que seu cérebro funciona de forma diferente em algumas situações? Em primeiro lugar, respeitar a criança. Em momentos de desorganização, o ideal é retirar os elementos que estão causando incômodo. Evitar alterar suas rotinas. Procurar usar os interesses das crianças para captar sua atenção e desenvolver suas habilidades. Por exemplo, se ela gosta de calendários, utilizá-los para ensinar números ou cores.
Como crianças autistas são mais visuais, buscar utilizar imagens e fotografias na comunicação. E prepare-as sempre que houver necessidade de alguma mudança de rotina: nesses casos, deve-se explicar antes, de forma objetiva, o que vai acontecer, por exemplo, quando ela for sair para se vacinar, ou for a algum lugar diferente. E devemos explicar aos nossos filhos que crianças autistas tem um jeito diferente de perceber o mundo à sua volta, com mais dificuldade de se relacionar com as pessoas, mas que elas são crianças como todas as outras, e precisam brincar, interagir ao seu modo, passear ao ar livre.
É importante ensinar que crianças autistas tem dificuldade de entender linguagens figuradas, elas tendem a levar tudo “ao pé da letra” - por isso, na hora de conversar, deve-se evitar expressões e metáforas que possam dificultar a conversa.
E, sobretudo, é fundamental reforçar que devemos ter carinho e solidariedade, ajudando os amiguinhos a superar as dificuldades ou eventuais limitações que possam surgir no dia a dia. Crianças autistas possuem habilidades e talentos especiais que podem ser desenvolvidos e podem contribuir muito na escola e nos ambientes de convívio com amigos ou familiares.
Na Previna, as crianças autistas são recebidas para a vacinação sempre com muito acolhimento, assim como todas as demais crianças. Elas tem a opção inclusive de, se desejarem, serem atendidas em uma sala diferente, onde há menos ruído, caso estejam incomodadas com algum barulho.
O agendamento de horário é também uma opção para evitar alguma eventual espera, reduzindo o tempo da criança num ambiente que não lhe é rotineiro. Entendemos que esses cuidados podem parecer detalhes pequenos, mas são fundamentais no processo de inclusão, de modo que todos possam se sentir sempre acolhidos e bem-vindos.
Fontes: Previna Vacinas, site autismoerealidade.org.br