O sistema imunológico também envelhece. O que podemos fazer para ajudar a reforçar a imunidade em pessoas idosas e contribuir para um envelhecimento mais saudável?
Longevidade com Qualidade. Viver Mais e Melhor.
O envelhecimento do sistema imunológico tem nome: chama-se imunossenescência.
À medida que os anos passam, a resposta imune das pessoas torna-se menor, mais frágil. A capacidade de responder a infecções vai reduzindo com o tempo, assim como a memória imunológica. Este é um processo natural, e por isso idosos tem maior suscetibilidade a doenças infecciosas e maior risco de desdobramentos graves.
Uma simples gripe, num idoso, que está com o sistema imunológico enfraquecido, pode ter agravamentos que, por sua vez, podem levar à hospitalização, ou até mesmo óbito.
Atualmente, graças aos avanços da Ciência e dos recursos do mundo moderno, temos uma população cada vez mais longeva, as pessoas vivem mais tempo. A expectativa de vida aumentou.
E para que este processo de envelhecimento aconteça de forma mais equilibrada., é preciso adotar iniciativas e posturas que contribuam para mais saúde, mais autonomia.
Na verdade, os cuidados começam na infância, quando a criança deve ser estimulada a adotar hábitos saudáveis de vida, incluindo a prática de exercícios.
É preciso promover uma mudança de cultura, para que as pessoas entendam que envelhecer faz parte do viver, e que como vivemos o hoje, o agora, é desde já que devemos nos preparar para “trazer mais vida aos anos, e não somente mais anos à vida”.
E voltando a imunossenescência, alguns cuidados são fundamentais na melhor idade para dar “uma força extra” ao sistema imunológico. Entram nessa lista a qualidade sono, alimentação equilibrada, prática diária de exercícios, adoção de hobbies que ajudem a desestressar, práticas que estimulem o raciocínio e a memória, e vacinação.
Isso mesmo. Vacinação.
As vacinas são importantes pois reforçam a resposta imune quando o indivíduo tem contato com doenças. Cuidar para evitar ficar doente é importante sempre, mas, para as pessoas mais velhas, adoecer pode significar risco bem maior agravamento dos quadros. Quando um idoso adoece, o processo inflamatório do organismo pode inclusive levar ao desequilíbrio de situações até então devidamente controladas, como pressão e diabetes. Ou seja, além da doença em si, outras consequências danosas podem ocorrer, oferecendo ainda mais riscos e danos à saúde.
Com a imunização, há uma maior proteção contra doenças e sobretudo, sobre as possíveis complicações decorrentes.
Sem as vacinas, é mais difícil que o sistema imunológico do idosos consiga se defender adequadamente da ameaça de vírus e bactérias causadores de tantas doenças.
O calendário vacinal do idoso contempla uma série de vacinas recomendadas para esta fase da vida, tais como Herpes Zóster, tétano (a maior incidência de casos de tétano no Brasil é justamente em idosos, que não tomaram as doses de reforço), Influenza, e pneumonia pneumocócica. A vacina da coqueluche (tosse comprida) também é recomendada, pois além de proteger o idoso, protege também as crianças que convivem com ele, tais como os netos. Afinal, a coqueluche é transmitida aos pequeninos pelos adultos.
Com a imunização, ajudamos o organismo a lidar melhor com a imunossenescência, dando reforços para que o sistema imune possa apresentar respostas melhores. Isto, na prática, significa menos risco de doenças imunopreveníveis em suas formas graves, e, consequentemente, mais qualidade de vida.