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Saiba mais sobre a nova vacina inativada recombinante contra Herpes Zóster

Herpes Zóster- Nova vacina inativada recombinante chega ao Brasil e apresenta alto índice de proteção


                                                                                                                                                    Dr. Luis Alberto Verri CRM 51162 
 
O Herpes-Zóster - popularmente conhecido como “cobreiro” é uma doença viral mais comum do que se imagina, pode causar muitas dores 
e pode inclusive ter desdobramentos graves. Herpes- Zóster é causada pelo vírus da varicela (também conhecida como catapora) e não pelo 
vírus da herpes comum. Após a 1ª infecção por varicela, o vírus fica latente no organismo humano. 
 
Numa ocasião de baixa imunidade, o vírus é reativado e migra para raízes nervosas, causando a doença no indivíduo. A doença é caracterizada pelo surgimento de vesículas na pele num lado só do corpo, seguindo o feixe dos nervos. Podem ocorrer no rosto, costas, barriga ou pernas. 
 
 As dores nevrálgicas causadas pelo Herpes-Zóster normalmente são intensas e podem durar dias, semanas e até mesmo meses, podendo comprometer a qualidade de vida do indivíduo. Sintomas como dor de cabeça, febre e coceira também podem ocorrer. 
 
A maior incidência de casos de Herpes-Zóster se dá entre pessoas com maior faixa etária e em indivíduos imunodeprimidos, independente de idade, tais como portadores de HIV, pessoas transplantadas e pacientes com câncer e em uso de drogas imunossupressoras. 
 
Herpes-Zóster e Covid -19 
Relatos apontam que durante a pandemia houve maior ocorrência de casos. Um estudo divulgado no Open Forum Infectous Diseases que 
analisou dados de cerca de 2 milhões de pessoas nos Estados Unidos, apontou que indivíduos com 50 anos ou mais que tiveram um caso leve 
de covid-19 apresentam cerca de 15% mais probabilidade de desenvolver Herpes-Zóster do que aquelas que não foram infectadas. 
O mesmo estudo aponta que idosos que tenham sido hospitalizados em função de quadros graves de covid estão 21% mais propensas a desenvolver a doença do que aqueles que não tiveram infecção por coronavírus. 
 
 Até recentemente, no Brasil havia apenas a vacina atenuada contra Herpes - Zóster. A nova vacina Shingrix chega em 2022 numa versão 
inativada recombinante, constituída da glicoproteína E recombinante — um antígeno importante do vírus —, em combinação com o 
adjuvante AS01. Esta nova vacina apresenta um alto índice de proteção de cerca de 90% e é indicada para indivíduos a partir de 50 anos 
bem como pessoas com imunocomprometimento a partir de 18 anos de idade. 
 
Para os indivíduos imunocomprometidos, a disponibilidade de uma vacina inativada contra herpes-zóster é uma importante aliada para a prevenção da doença. Segundo nota técnica da SBIM, já há estudos publicados que apontam eficácia da vacina de 68,2% em pacientes transplantados de medula óssea, de 87,2% em pacientes com tumores malignos hematológicos * 
 
A nova vacina Shingrix contra é segura e os possíveis efeitos adversos mais comuns são dor, edema e vermelhidão no local da aplicação, geralmente de intensidade leve a moderada. Cansaço, febre, calafrios e mialgia são eventos adversos sistêmicos também descritos, 
que podem ser tratados com analgésicos comuns. 
A vacina Shingrix pode ser usada independentemente de histórico de varicela (catapora) 
ou de imunização contra a doença. Atualmente, esta vacina está disponível somente em clinicas privadas. A vacina inativada 
contra Herpes-Zóster não apresenta restrições quanto à aplicação simultânea com as vacinas influenza, pneumocócicas e tríplice 
bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa), sem qualquer interferência na resposta imune às vacinas citadas.* 
 
 Esquema de doses da vacina Shingrix contra Herpes-Zóster
Conforme nota técnica da Sociedade Brasileira de Imunização, o esquema vacinal recomendado para esta vacina contempla duas 
doses (0,5 ml, por via intramuscular), com intervalo de dois meses (0-2 meses). 
Caso seja necessário alterar o esquema padrão, pode ser adotado um intervalo de até seis meses. 
Não é necessário entretanto recomeçar a série caso o prazo seja estendido inadvertidamente 
por mais de 6 meses. O intervalo mínimo permitido é de quatro semanas entre as doses. 
Para as pessoas que tiveram Herpes-Zóster, a fim de reduzir a possibilidade de recorrência, a recomendação é de que a vacinação seja 
realizada 6 meses após o quadro agudo da doença. Entretanto, não há restrição em recomendar a vacina após a resolução do quadro 
para que não se perca a oportunidade vacinal. Para aqueles que já receberam anteriormente a vacina atenuada contra herpes-zóster, 
a SBIM recomenda que seja observado um intervalo mínimo de dois meses para a aplicação da nova vacina inativada. 
 
Para indivíduos com imunocomprometimento, embora o esquema vacinal seja basicamente o mesmo, é importante orientação do 
médico para que sejam observadas algumas precauções e intervalos, como no caso de pacientes transplantados, portadores de doenças autoimunes e pacientes em tratamento com quimioterapia, tratamento com imunossupressores, radioterapia ou esplenectomia. 
 
 
 Fontes
 
 *Nota Técnica: NETO, Lauro P.; KFOURI, Renato. Nota Técnica: Vacina herpes-zóster inativada recombinante (Shingrix® ). Sociedade Brasileira de Imunização, 8 jun. 2022. Acesso em: 26 jul. 2022.SBIM. Open Forum Infectious Diseases. Previna Vacinas.    
 
 Conteúdo de caráter informativo. Fale com seu médico.

 

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